Nos últimos dez anos, o exército russo mudou muito. Está se rearma ativamente, tornou-se mais poderoso, mais preparado em combate. É tratado de forma diferente na Rússia e no mundo. Isso relaciona-se em grande parte às armas que o Ministério da Defesa compra de nossa «indústria de defesa». Gastam muito dinheiro. Somente em 2019, o orçamento de defesa totalizou mais de 1,5 trilhão de rublos. Para que servem esses fundos? Qual arma garante nossa segurança?
Su-57 — Alta tecnologia de aviação
O lutador aéreo russo mais moderno é o caça Su-57 de 5ª geração. Foi criado para substituir o padrão reconhecido da 4ª geração — o famoso caça Su-27. O Su-57 é uma caça multifuncional, ou seja, pode atingir alvos no ar e no solo.
Tem as linhas rápidas e elegantes. A configuração e os materiais compostos usados em vez do metal tornam a avião invisível aos olhos e radares do inimigo. Para reduzir a visibilidade do radar, a parte significativa dos mísseis está escondida dentro da fuselagem. A avião está armada com um conjunto de equipamentos de luta eletrônica capazes de enganar o inimigo e torná-lo «cego».
É imediatamente claro que este é um produto de alta tecnologia. Os especialistas o chamam de antena voadora, por que vários elementos de radar e vários sensores estão distribuídos praticamente por toda a superfície da asa e da fuselagem. Por essa causa, a pele do Su-57 às vezes também é chamada de “pele inteligente”.
Também o Su-57 também pode ser usado como o posto de comando aéreo para controlar um grupo de drones. Por exemplo, para liderar um grupo de drones de ataque pesado “Caçador”.
Em OTAN, o Su-57 foi chamado de «Felon» («Criminal») – pode ser devido à sua capacidade de passar despercebido e atacar inesperadamente.
Os designers russos, quando criaram a avião de 5ª geração, tiveram o role de desafiadores. Nos Estados Unidos, já existem divisões aéreas inteiras de aviões F-22 e F-35 — representantes da 5ª geração. Mas, por outro lado, nossos desenvolvedores tiveram a oportunidade de evitar os errores que os americanos fizeram, assimilando a nova geração. O principal problema é o alto custo de novos aviões. O preço de um F-35 é de cerca de 100 milhões de dólares, e o F-22 é ainda maior. O nosso avião, como prometem os desenvolvedores, será muito mais barata.
O avião fez o seu primeiro voo em 29 de janeiro de 2010. Pilotado pelo piloto de testes honrado, Herói da Rússia Sergei Bogdan. Então o caça tinha o nome de trabalho T-50. Os ensaios e melhorias continuam.
O Su-57 conseguiu estar na Síria como a parte do grupo aéreo russo que lutava contraterroristas. O Ministério da Defesa russo ordenou a parte experimental de dúzia de caças para a operação experimental. E mais tarde são esperadas as entregas em massa do Su-57 com o novo motor. O novo motor permitirá que o avião faça o longo voo em velocidade supersônica, superando rapidamente grandes distâncias. Na primeira etapa, os militares receberão 76 aviões para três regimentos aéreos.
Su-35С e Su-30СМ — reis da supercapacidade de manobra
As Forças Aeroespaciais Russas também compram ativamente caças Su-35S super manobráveis multifuncionais da geração 4++ testados na Síria. Um total de 100 máquinas foram encomendadas. O Su-35S é um elo intermediário entre o veterano Su-27 e o líder tecnológico-militar Su-57. Mas o Su-35S não é um “parente pobre” da 5ª geração. Segundo vários parâmetros, ele pode competir com ele.
O primeiro voo do Su-35S aconteceu em 19 de fevereiro de 2008. O “padrinho” era o mesmo Sergey Bogdan. Um piloto controla o caça aéreo. Um poderoso complexo de computador com elementos de inteligência artificia ajuda lhe. Ele ajuda a escolher um alvo, alerta do perigo.
A cobertura de avião torna lhe invisível aos radares inimigos. A supermanobrabilidade é feita por motores com o chamado controle vetorial de empuxo. Usando escudos que desviam jatos de gás de um bico de jato no ângulo certo, o piloto pode fazer cambalhotas que pilotos de outros aviões nunca sonharam. O Su-35S não tem igual neste indicador no mundo.
Os motores potentes permitem acelerar o Su-35S à velocidade supersônica em segundos. Perto do solo, sua velocidade máxima é de até 1400 km / h, em altitude — mais de 2000 km / h. Peso — 34,5 toneladas.
O avião foi um de primeiros que recebeu um radar com antena de fase. Tal antena multiplica a capacidade do caça para detectar um alvo no ar. Por exemplo, o radar “H035 Irbis” instalado no Su-35S “verá” um míssil de cruzeiro a cem quilômetros de distância e a avião americana F-22 “invisível” — quase 200 km de distância. Além disso, como dizem, a questão da tecnologia e mísseis de longo distancia. Há tais no arsenal do Su-35S. A massa total de munição que pode transportar é de 8 toneladas. Por exemplo, até 12 mísseis de classe “ar-ar”.
O Su-35S também tem um “anti-radar” de aviação, que avisará o piloto de que atingiu a mira do inimigo. Neste caso, há um conjunto de equipamentos de proteção para cavalheiros. Por exemplo, tais: o inimigo verá várias marcas do Su-35S em sua tela só uma vez e é improvável que ele consiga descobrir quais delas são falsas e quais são reais. É possível evitar o ataque. Neste caso, a super-manobrabilidade é muito importante.
De acordo com dados não oficiais, o custo de um Su-35S, que está sendo construído em Komsomolsk-em-Amur, pode ser de 1 bilhão de rublos. Mas, como a Síria mostrou, o avião vale tanto dinheiro.
O irmão do Su-35S na geração de transição «4++» é o caça de multifunção Su-30SM. É construído em série em Irkutsk. Quando foi criado, foi utilizada a experiência de um contrato de exportação para a construção de quase 300 aviões Su-30MKI para a Força Aérea Indiana.
A principal diferença do Su-35S é que há duas pessoas na tripulação. No cockpit, eles são colocados um após o outro — em conjunto. Uma tripulação ampliada permite reduzir a carga de trabalho dos pilotos e distribuir tarefas durante a pilotagem, no combate aéreo e durante o bombardeio.
O Su-30SM foi projetado para ganhar a dominância aérea. Pode atingir aeródromos inimigos em grandes profundidades, destruir alvos aéreos, terrestres e marítimos, inclusive à noite e em condições climáticas adversas.
O avião pertence ao super-manobrável. Seus motores também podem alterar o vetor de empuxo ao comando da automação. O Su-30SM pode permanecer no ar por até 3,5 horas sem reabastecimento e realizar tarefas a uma distância de até 1.500 km do aeródromo de partida.
Os aviões de Irkutsk estão servindo na linha de frente, inclusive na Crimeia, em Kaliningrado e na Síria.
Su-34 — Regimento de tanques voadores
O nariz achatado de avião, semelhante a um bico de pato, é uma característica distintiva de outra ideia do Sukhoi — o bombardeiro de linha de frente Su-34. Um nariz largo e plano era necessário para acomodar uma tripulação de dois. Ao contrário do Su-30SM, no Su-34 o piloto e o navegador não ficam um atrás do outro, mas lado a lado. Isso facilita a colaboração e a comunicação.
Durante os anos de guerra, o avião de ataque Il-2 ganhou o apelido de “tanque voador” dos soldados da linha de frente. O bombardeiro Su-34, pelo poder das ogivas modernas, pode então ser chamado de regimento de tanques voadores, ou mesmo de divisão. Sua carga máxima de combate é de 12 toneladas.
Com a manobrabilidade do Su-34, tudo também está bom. A construção é feita de acordo com o esquema aerodinâmico “triplano longitudinal”, o que garantiu alta manobrabilidade.
O protótipo do Su-34 fez o seu primeiro voo em 13 de abril de 1990. Mas a série foi muito mais tarde — em 2008. A falta geral de dinheiro para aqueles anos teve um efeito. No futuro, o Su-34 substituirá os bombardeiros de linha de frente Su-24M, que, a propósito, também se mostraram muito bem na Síria. As Forças Aeroespaciais Russas já encomendaram mais de uma centena de bombardeiros. Após a estreia em combate do Su-34 na Síria, a demanda por essas aeronaves aumentou no exterior.
“Braço longo” — Tu-160М2
Como você, leitor, chamaria um porta-mísseis capaz de destruir vários milhões de cidades em um voo? Em OTAN, ele foi chamado de “Black Jack” — um tipo de cowboy com um revólver rápido. E isso é sobre o nosso porta-mísseis supersônico Tu-160.
Este é o avião de combate em série mais pesado. Seu peso é de 275 toneladas. A carga máxima de combate é de 45 toneladas. Para comparação, a massa do Su-35S com toda a munição é de 34,5 toneladas. Mas o elefante africano pesa apenas 5-6 toneladas.
Dentro da fuselagem gigantesca do Tu-160 há dois lançadores semelhantes a torres para mísseis de cruzeiro nucleares de longo alcance. O Tu-160 pode transportar 12 desses mísseis. O alcance dos mísseis X-101 com uma ogiva convencional e sua contraparte em equipamentos termonucleares X-102 é superior a 5,5 mil quilômetros.
As Forças Aeroespaciais Russas demonstram periodicamente ao mundo inteiro as capacidades globais de nossos Tu-160. Eles voaram várias vezes através do Atlântico até a Venezuela e recentemente voltaram de “cruzeiro” na África do Sul.
Usando mísseis convencionais em vez de nucleares, aviões Tu-160 bombardearam as bases terroristas na Síria várias vezes. Os mísseis foram lançados a centenas de quilômetros dos alvos, sobre as águas neutras do Mar Cáspio.
Em agosto de 2005, o presidente Putin voou em cabine de Tu-160. Pude ver o trabalho dos pilotos durante os lançamentos de foguetes.
Na verdade, o Tu-160 é uma criação da indústria da aviação soviética. O primeiro voo foi feito em 1981. Em serviço desde 1987. Durante a divisão da União, a parte dos portadores de armas nucleares acabou no território da Ucrânia. Embora não sem dificuldade, eles conseguiram retornar à Rússia.
Tendo em conta as qualidades de combate insuperáveis dos “anos de cento e sessenta”, decidiu-se reviver a sua produção em massa em Kazan. O Ministério da Defesa encomendou várias dezenas de porta-mísseis estratégicos Tu-160M2 atualizados. O contrato foi assinado em 2018.
Segundo Dave Majumdar, colunista da revista americana The National Interest, a Rússia escolheu uma forma razoável e acessível de desenvolver a aviação estratégica, contando com o Tu-160M2. Segundo ele, o Tu-160M2 não será apenas uma máquina nova, será o avião completamente novo na antiga “embalagem”. Com os novos motores, o avião poderá voar ainda mais longe sem reabastecimento. Hoje seu máximo é de 7300 quilômetros. Com reabastecimento no ar (esses experimentos já foram realizados), o Tu-160 é capaz de percorrer mais de 20 mil quilômetros por dia.